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Fórum de Fertilizantes da Matriz Orgânica

Fórum de Fertilizantes da Matriz Orgânica discute potencial dos resíduos urbanos e a nova fronteira da produtividade

Fórum de Fertilizantes da Matriz Orgânica

O primeiro dia do Fórum de Fertilizantes da Matriz Orgânica, organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), reuniu cerca de 700 participantes no Pecege, em Piracicaba (SP). Já na cerimônia de abertura do evento, no dia 08 de novembro, o presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero, bem como o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA-SP), Danilo Tadashi, o diretor titular Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp, Roberto Ignacio Betancourt, e o diretor do Departamento de Solo e Meio Ambiente do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Heitor Cantarella, ressaltaram o potencial dos insumos de matriz orgânica para reduzir a dependência nacional da importação de fertilizantes e para tornar a agricultura cada vez mais sustentável.

A solenidade foi sucedida pelo primeiro painel do Fórum, “Resíduos Sólidos Urbanos e Políticas Públicas”.

Ademais o coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), Evaldo Azevedo, traçou o cenário atual do descarte de resíduos no estado de São Paulo. Azevedo apontou que pelo menos 185 municípios percorrem mais de 50 km por dia para destinar os resíduos urbanos e 250 aterros sanitários recebem mais de 10 mil toneladas de materiais por dia. “Nossos casos de sucesso com parques de compostagem mostram o quanto o estado precisa melhorar as práticas de gestão de resíduos, fortalecendo os consórcios regionais, reduzindo as distâncias em relação aos locais de descarte e sanando outros gargalos para viabilizar o aproveitamento dos resíduos na produção de insumos como fertilizantes”, listou Azevedo.

Aliás na apresentação “Legislação e Normativas para a Produção de Fertilizantes de Matriz Orgânica e de Condicionadores de Solo”, Gomide abordou os principais pontos da Lei 14.515/2022, que envolve classificação, requisitos mínimos, exigências em relação aos produtos e aos estabelecimentos produtores destes insumos.

O professor da PUC-São Paulo, José Valverde, coordenou a sessão e destacou o alinhamento da pauta do Fórum de Fertilizantes de Matriz Orgânica com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em prol dos pilares pessoas, planeta, prosperidade, parceria e paz.

Fórum de Fertilizantes da Matriz Orgânica

Contudo o segundo painel do dia foi dedicado à “A Nova Fronteira da Produtividade”, trazendo diversas abordagens relacionadas ao solo. O professor do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Átila Francisco Mógor, abriu o painel com a temática “Atuação das substâncias húmicas no metabolismo vegetal e absorção de nutrientes”. O professor detalhou os efeitos das substâncias húmicas no metabolismo das plantas, mostrando a atuação dessas substâncias como molécula sinalizadora, no estímulo de respostas metabólicas, que favorecem o crescimento, desenvolvimento e a absorção de nutrientes.

Pois o palestrante seguinte foi o professor da ESALQ/USP, Godofredo Vitti, que não somente abordou a importância da matéria orgânica para o sistema solo-planta, como fez uma provocação aos participantes: “Mas quanto vale uma tonelada de matéria orgânica?”. Considerando que a matéria orgânica contém 58% de carbono, Vitti ressaltou a necessidade de quantificar e valorizar esse elemento químico em comparação ao adubo mineral, bem como em relação ao adubo orgânico. Essa valoração da matéria orgânica teria impacto significativo na mitigação da pegada de carbono da agricultura, além dos expressivos ganhos relacionados à nutrição vegetal.

A continuidade do segundo painel coube ao engenheiro agrônomo e pesquisador da Esalq, Tiago Tezotto, com o tema “Disponibilidade versus demanda: desafios para sincronizar a absorção de nutrientes pelas plantas com foco na eficiência do uso destes”. Tezotto explicou como o fornecimento dos fertilizantes organominerais pode atender à demanda nutricional das plantas nos picos de absorção, que variam de acordo com as condições de cultivo. “Os organominerais ajudam a reduzir a dependência de insumos importados e trazem oportunidades para balancear a entrada/saída de fertilizantes, melhorando as fontes alternativas de nutrientes e a eficiência na absorção pelo vegetal”, enfatizou Tezotto.

Indústria

Em suma na sequência, a “Racionalização do Uso da Água a partir da Utilização de Fertilizantes de Matriz Orgânica” foi o tema da apresentação conduzida pela engenheira química, Flávia Ananias Teixeira. A palestrante destacou como os fertilizantes de matriz orgânica impactam no uso racional da água na agricultura, uma vez que eles aumentam a retenção da umidade no solo, reduzem a evaporação e a lixiviação, favorecendo o desenvolvimento radicular das plantas e melhoram o aproveitamento da água disponível.

Segundo Bettiol, o controle biológico supressivo é o principal aliado na ação do ser humano para estimular e preservar agentes benéficos no solo, destacando que o Brasil é o maior produtor e consumidor de controle biológico, o que explica a área de 70 milhões de hectares, em 2022, com uso dessas tecnologias.

Portanto o professor do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Átila Francisco Mógor, voltou ao palco para mediar a mesa-redonda que reuniu Godofredo Vitti, Tiago Tezotto, Flavia Ananias e Wagner Bettiol, respondendo às perguntas enviadas pelos participantes durante o segundo painel. Nas considerações finais, o mediador e os palestrantes endossaram os ganhos gerados pelas parcerias entre a indústria e academia, produzindo conhecimentos em prol de toda a cadeia do agronegócio.

Fonte: Agrolink.

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