Águas de Jahu divulga aporte de recursos em obras que evitam perdas e desabastecimento; aumento na tarifa é solicitado
A atuação da concessionária Águas de Jahu como gestora do saneamento no Município completa um ano na quarta-feira. Neste período, a empresa investiu mais de R$ 11 milhões em obras de infraestrutura, substituição de rede e modernização de equipamentos – que segundo a firma vinculada ao grupo Águas do Brasil, diminuiu o desabastecimento e a perda. Após “oferecer” 3% de desconto na concorrência que a definiu vencedora, a empresa agora solicitou reajuste na tarifa. Os valores não foram divulgados.
O pedido tramita na agência reguladora Saemja, que funciona desde janeiro, apesar de não ter finalizado o regulamento que vai disciplinar a relação concessionárias-consumidor-poder concedente.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o reajuste foi solicitado com base em fórmula estabelecida no contrato, que compreende reparação inflacionária de produtos químicos, energia elétrica, mão de obra e material de construção civil.
Atualmente, o valor mínimo pago por consumidores residenciais que gastam até 10 metros cúbicos por mês é de R$ 29,80 (veja quadro). Considerando a variação inflacionária média de 10%, o patamar subiria pelo menos para R$ 32,78.
A empresa relata que, desde abril do ano passado, investiu em diversas áreas para diminuir a perda de água tratada, que é de aproximadamente 50%. Uma central de controle foi montada para aferir a quantidade de produto que chega a cada reservatório.
Outra medida adotada para conter o desperdício foi a substituição de hidrômetros, que desagradou a muitos consumidores no ano passado. O procedimento, muitas vezes realizado à revelia dos proprietários dos imóveis, foi suspenso pela Prefeitura e ainda não foi retomado (veja quadro).
Regras
O presidente da agência reguladora, Jorge Alcalde, afirma que será o regulamento que vai nortear o trabalho das concessionárias e o papel do consumidor no serviço de saneamento. O documento de mais de 120 páginas está em fase de revisão. “Os principais aspectos de controle estão neste regulamento”, adianta.
A norma estabelecerá, por exemplo, prazos para que a concessionária feche um buraco que abriu – e o tipo de asfalto que precisa utilizar. Determinará ainda que o consumidor precisará primeiro esgotar as tentativas de solucionar um problema com a Águas de Jahu antes de procurar a agência.
Mesmo sem o regulamento, aproximadamente 30 pessoas comparecem à antiga sede do Saemja todos os dias para sanar dúvidas e formalizar queixas, segundo o ex-superintendente e diretor técnico-operacional, Paulo Ferrari.
A agência é mantida a partir dos lucros da concessionária. A receita estimada para o órgão em 2017 é de R$ 1,8 milhão.
Prestes a fazer 12 meses de atividade, a Águas de Jahu tem pelo menos mais 34 anos na gestão do saneamento em Jaú. Outras duas concessões seguem atuando: a Saneamento de Jaú Ltda. (Sanej), responsável pelo tratamento de esgoto, e a Águas de Mandaguahy, que capta e trata 30% da água distribuída na sede do Município.
Fonte: Comércio de Jahu
Foto: Leandro Carvalho