Rio de Janeiro – Infeliz com a venda da CAB Ambiental, braço da Galvão Engenharia para a área de meio ambiente e concessões de saneamento, onde a empresa esperava arrecadar R$ 600 Milhões no primeiro leilão, e ao menos R$ 250 Milhões no segundo, a situação da empresa se agrava junto aos credores.
Em Cuiabá, onde o Prefeito Mauro Mendes já anuncia a intervenção na concessão, trocando o quadro técnico e todos ligados a CAB Cuiabá, a empresa perderá mais de R$ 85 milhões ao ano em faturamento.
Aliado à declaração da empresa AEGEA Saneamento, que desistiu, na última hora, do segundo leilão, alegando riscos de contaminação das dívidas e problemas existentes na CAB ao Grupo, a Galvão recebeu uma pá de cal em sua operação de saneamento.
Apenas duas concessões da empresa são lucrativas, Águas de Cuiabá e Águas de Paranguá, mesmo assim, ambas as concessões respondem a diversos processos que precisariam ser mensurados para uma avaliação por um eventual comprador.
Fontes ouvidas essa semana dão como certa o pedido de falência de pelo menos três credores. Um dos fatos que mais assustou os credores foi a investigação que se iniciou no BNDES para saber onde foi investido os quase R$ 327 milhões que o banco aportou na CAB Ambiental, e que até o momento a empresa não apresentou nenhum relatório.
Clima pesado na CAB, mais pesado ainda para os fornecedores e colaboradores que deverão ser chamados em audiência na nova operação da Policia Federal, intitulada Protheus.