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Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) está perto de fechar compra da Iguá Saneamento

O fundo de pensão Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) está perto de fazer sua estreia no mercado de saneamento básico no Brasil.

O grupo deverá, nos próximos 30 dias, concluir a aquisição de uma fatia na Iguá Saneamento. A participação acionária na empresa poderá chegar a 45,5% do capital. Com isso, a Iguá suspendeu, ao menos temporariamente, os planos de fazer uma oferta primária de ações (IPO, na sigla em inglês). A companhia, administrada pela gestora IG4 Capital, de Paulo Mattos, tentava abrir seu capital desde 2019, mas não chegou a um acordo com os investidores sobre o preço. Seria o primeiro grupo privado do setor na B3.

Agora, o plano de abrir capital só deverá ser retomado caso a companhia conquiste algum ativo de porte tão grande que nem mesmo os fundos de pensão sócios da empresa consigam dar conta do volume de investimentos, afirma uma fonte. Ainda faltam alguns trâmites para que a operação com o CPPIB seja concluída, como a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A expectativa é que no próximo mês o processo seja finalizado.

A entrada do fundo canadense deverá ser feita em duas operações. A primeira é a compra das participações de dois acionistas atuais que querem sair do negócio: o fundo Cyan (com 17,9% do capital) e o Bradesco (que detém uma participação indireta de 13,9%, por meio de derivativos financeiros). O investimento será de R$ 600 milhões. Além disso, o CPPIB faria uma injeção de R$ 500 milhões na empresa, por meio de um aumento de capital – que poderá ou não ser acompanhado pelos demais acionistas: o fundo canadense AIMCo (Alberta Investment Management Corporation), o BNDESPar e a IG4 Water. Ao fim das duas operações, o CPPIB passaria a deter 45,5% da Iguá, mas a fatia pode ser menor caso algum dos sócios também faça injeções de recursos. A participação da AIMCo, hoje a maior acionista da Iguá, com 49,2%, passará a 39,4% – caso não acompanhe o aumento de capital. O BNDESPar, que tem 10,9%, reduzirá a fatia 8,7%. A IG4 Water iria dos atuais 22% (que incluem a parte do Bradesco) para 6,4%.


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Ativos no Brasil

Apesar das mudanças na composição, a IG4 continuará à frente da administração. Todas as ações – da AIMCo, IG4 Water e, futuramente, do CPPIB – estão dentro de dois Fundos de Investimento em Participações (FIPs), controlados pela gestora brasileira. Apenas a parcela do BNDES fica de fora do bloco de controle. O CPPIB já tem ativos relevantes no Brasil, principalmente em energia elétrica e no mercado imobiliário. Entre eles, estão uma joint venture com a Votorantim Energia para investir em geração renovável, e uma participação na Aliansce Sonae, desenvolvedora de shopping centers. Com o investimento na Iguá, um dos alvos do fundo é o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), a princípio marcado para o fim de abril. A operação fluminense será dívida em quatro blocos, ofertados separadamente.

A princípio, a Iguá prevê participar da concorrência sozinha, mas não descarta parcerias – não por necessidade de capital, mas por questões técnicas. Em setembro, a empresa chegou a disputar, sem sucesso, o leilão da região metropolitana de Maceió (AL) em consórcio com a Sabesp. A companhia paulista detinha uma fatia menor no grupo, mas foi escolhida por sua forte experiência no setor. A Iguá surgiu em 2017 a partir da antiga CAB Ambiental, do grupo Galvão, que se desfez do negócio após seu envolvimento na Lava Jato. Hoje, a operadora tem 18 concessões pelo país.

Fonte: VALOR.

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