saneamento basico

Governo muda plano de captação da Billings e opta por rio menos poluído

O governo de São Paulo desistiu de captar água de uma área mais poluída de represa Billings e decidiu usar um braço do Rio Pequeno para reforçar o Sistema Alto Tietê e abastecer a Grande São Paulo. Até então, o plano para reduzir o número de clientes atendidos pelo Cantareira era retirar a água do corpo central da Billings, pelo braço do Rio Grande, que recebe descarga da água dos rios Tietê e Pinheiros sem tratamento.

O Rio Pequeno, segundo a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, também é ligado à Billings e tem água com qualidade mais preservada. A assessoria de imprensa da pasta informou que a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) redefiniu o local de captação por ser uma opção mais viável para tratamento.

Em nota, a Sabesp informou que o Rio Pequeno despejará água no Rio Grande, de onde seguirá para o Alto Tietê. A previsão é que a interligação entre em operação ainda em 201, com custo estimado de R$ 20 milhões.
Antes disso, será preciso a construção de uma adutora de ligação entre o braço do Rio Grande ao Rio Taiaçupeba, que deságua na represa de mesmo nome e integra o Alto Tietê. A obra deve ser concluída até julho.

Apesar da mudança, o governo afirmou que o volume de água repassado para o Alto Tietê continuará o mesmo: serão 4 mil litros de água por segundo que passarão pela Estação de Tratamento de Água (ETA) de Suzano, na represa de Taiaçupeba.

Contaminação

Estima-se que a Billings tenha capacidade para fornecer água a cerca de 4,5 milhões de pessoas, o que não ocorre devido à poluição e intensa ocupação irregular nas margens, segundo especialistas. A presença de contaminantes industriais é outra preocupação.

“A Billings foi um reservatório que por muito tempo foi usado para receber afluente industrial, e lodo no fundo da represa ainda tem uma concentração grande desses resíduos”, explicou o professor associado do departamento de engenharia hidráulica e ambiental da Escola Politécnica da USP, José Carlos Mierzwa.

Desde 1958, a Sabesp usa água de dois braços da represa: do Rio Grande retira 5,5 m³/segundo para atender Diadema, São Bernardo e parte de Santo André, na região do ABC paulista. Essa parte do manancial é considerada mais limpa e é isolada da parte mais poluída da Billings.

Do Rio Taquacetuba retira 2,19 m³/segundo. Esse trecho é mais contaminado porque está próximo à área de descarga da água dos rios Tietê e Pinheiros sem tratamento, e enviados para o Guarapiranga.

 
Fonte: G1

Últimas Notícias:
Projetos IoT Áreas Remotas

Desafios de Conectividade em Projetos de IoT em Áreas Remotas

No mundo da Internet das Coisas (IoT), a conectividade é a espinha dorsal que permite a comunicação entre dispositivos e a coleta de dados em tempo real. Entretanto, em áreas remotas, onde a infraestrutura de rede de dados é escassa ou inexistente, estabelecer uma conexão confiável pode ser um desafio significativo.

Leia mais »