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Cetesb multa Saema em R$ 100 mil após a morte de milhares de peixes

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) confirmou que vai multar o Serviço Municipal de Água, Esgoto e Meio Ambiente (Saema) de Araras (SP) em R$ 100 mil por dano ambiental devido à morte de milhares de peixes, na última segunda-feira (8). Segundo a companhia, por enquanto não existe risco de contaminação da água, que é captada para o abastecimento. A Prefeitura informou que ainda não foi notificada pelo órgão.

Funcionários da Prefeitura passaram a terça-feira (9) retirando milhares peixes que morreram na Represa Água Boa, que faz parte do abastecimento da cidade. Técnicos da Cetesb e também a Polícia Militar Ambiental vistoriaram o local para apurar o que aconteceu. A Companhia alegou que houve uma operação inadequada do reservatório de água.

“Nós já fizemos uma vistoria prévia na segunda e na terça novamente. Estamos comunicando o Ministério Público para abertura de inquérito cível de responsabilização e também à Polícia Civil para periciar o local, apurar a autoria e as causas da mortandade dos peixes”, disse o capitão da Polícia Ambiental de Araras, Fabio Poletti.

Com uma mangueira e um caminhão-tanque, que juntos funcionavam como um aspirador gigante,os funcionários sugaram os peixes. Foram encontradas principalmente espécies menores, como lambaris. “Ele faz a sucção, depois vem com água e descarregamos a água novamente para represa e assim sucessivamente até carregar o tanque do caminhão com os peixes”, explicou o diretor do serviço de água e esgoto, Marcos Aurélio Furlan.

A represa ajudava a alimentar outra que é responsável por abastecer metade da cidade. Para isso, durante um mês, funcionários do serviço de água abriam, uma vez por semana, a válvula. Mas, sobrou muito pouca água no local, o que provocou a morte dos peixes.

“Se deixássemos com o pouco de água que tinha, todos eles morreriam com a falta de oxigenação”, relatou o diretor de captação e tratamento de água Romildo Bollis.
Por enquanto, a água do reservatório não vai ser usada. Represas particulares é que vão ajudar no fornecimento para que a cidade, que já enfrenta um racionamento de 12 horas por dia sem água, não fique com o abastecimento ainda mais prejudicado. “Vamos fazer uma transposição de uma represa da usina São João e outras represas particulares do município. A Hermínio Ometo vai ser uma represa centralizadora de represas particulares”, explicou Bollis.

Se fosse em uma época normal, era para o nível da represa atingir 15 metros, quase no topo da régua, mas o que sobrou foi uma paisagem de seca. O operador de máquinas Elias Barbosa contou que ajudou na construção da represa e não se conforma com o que encontrou no local. “Antes era tudo cheio. Agora as bordas, as marcas, achei que era brincadeira, mas quando vi pessoalmente, fiquei chocado”, disse.

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