saneamento basico

Nível do Sistema Cantareira tem nova alta nesta terça-feira

Represas operam agora com 43,6% da capacidade. Chuva já é 74% do esperado para todo o mês de janeiro.

O nível de água do Sistema Cantareira subiu nesta terça-feira (26) e está agora em 43,6% da sua capacidade, segundo dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O montante de chuva acumulada no mês é de 194,4 mm, o equivalente a 74% do esperado para todo o mês.
Em 30 de dezembro de 2015, o Sistema Cantareira registrou elevação e deixou a dependência do volume morto após 19 meses.
Veja como está o nível de todos os sistemas que abastecem a Grande São Paulo.
– Cantareira: 1.269 bilhões de litros (com o volume morto) e está com 43,6% da capacidade
– Alto Tietê: 573,8 bilhões de litros e está com 28,9% da capacidade
– Guarapiranga: 171,2 bilhões de litros e está com 85,5% da capacidade
– Alto Cotia: 16,5 bilhões de litros e está com 99,8% da capacidade
– Rio Grande: 112,2 bilhões de litros e está com 92% da capacidade
– Rio Claro: 13,7 bilhões de litros e está com 81,4% da capacidade

O nível de água do Sistema Cantareira subiu nesta terça-feira (26) e está agora em 43,6% da sua capacidade, segundo dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O montante de chuva acumulada no mês é de 194,4 mm, o equivalente a 74% do esperado para todo o mês.
Em 30 de dezembro de 2015, o Sistema Cantareira registrou elevação e deixou a dependência do volume morto após 19 meses.
Veja como está o nível de todos os sistemas que abastecem a Grande São Paulo.
– Cantareira: 1.269 bilhões de litros (com o volume morto) e está com 43,6% da capacidade
– Alto Tietê: 573,8 bilhões de litros e está com 28,9% da capacidade
– Guarapiranga: 171,2 bilhões de litros e está com 85,5% da capacidade
– Alto Cotia: 16,5 bilhões de litros e está com 99,8% da capacidade
– Rio Grande: 112,2 bilhões de litros e está com 92% da capacidade
– Rio Claro: 13,7 bilhões de litros e está com 81,4% da capacidade

Volume Morto
A reserva técnica começou a ser bombeada em maio de 2014. Na época, ainda havia água no volume útil. Em julho, porém, o sistema passou a operar somente com o volume morto. Especialistas ouvidos pelo G1, no entanto, alertam que o Cantareira ainda segue em crise porque não se recuperou totalmente. A Sabesp também informou que não descarta voltar a usar a reserva técnica no próximo período seco, com a chegada do inverno.

O fim da dependência da reserva técnica ocorreu antes do previsto pela Sabesp. A expectativa era de uso até o fim do verão, com probabilidade de 98% de o Cantareira sair do volume morto até abril.
A chuva acima da média nos últimos meses acelerou o processo e as represas acumularam mais água por causa da precipitação intensa e entrada de água no manancial.

Dezembro registrou 259,4 mm de chuva e a média histórica para o mês é de 219,4 mm. Mesmo assim, a crise ainda não acabou nos reservatórios do estado operados pela companhia na Grande São Paulo, já que o sistema ainda vive uma “restrição hídrica”, segundo informou a assessoria de imprensa da Sabesp.

Segundo boletim divulgado pela Sabesp nesta terça, o nível de água do sistema subiu para 43,6%, índice que considera o volume acumulado em relação ao volume útil. Após uma ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices do Cantareira.

O segundo índice subiu para 33,7% e leva em consideração o volume armazenado na capacidade total, incluída a área do volume morto. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume morto na área total dos reservatórios, e estava em 14,3% nesta manhã.

O Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São Paulo, mas atualmente abastece 5,4 milhões por causa da crise hídrica que atingiu o estado em 2014. Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para aliviar a sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem.

RECUPERAÇÃO TOTAL VAI DEMORAR
Apesar da recuperação do volume morto, especialistas alertam que a crise hídrica não está totalmente resolvida em São Paulo. Antes da estiagem que atingiu o estado, o Cantareira operava com cerca de 48% da capacidade nesta mesma época em 2012 e com 67% em 2011. A preocupação é com o período de seca, que retorna a partir de abril.

“Não é um verão que vai resolver. (O El Niño) Pode ajudar a amenizar e recuperar a reserva técnica, mas a recuperação dos reservatórios é mais a médio e longo prazo, não vai ter uma recuperação rápida”, afirmou ao G1 o meteorologista do CGE, Michael Pantera, no início de dezembro.
Os especialistas explicam que, por causa do solo muito seco, a tendência é que a água das primeiras chuvas do verão seja totalmente absorvida, como um “efeito esponja”, antes de serem armazenadas nos lençóis freáticos e armazenadas nas represas.

Para ter uma ideia mais clara do tempo de recuperação, os pesquisadores dizem que precisam esperar a duração do atual El Niño, previsto para perder força a partir de abril, e aguardar qual será o comportamento do clima na região Sudeste quando o fenômeno acabar. Somente depois disso, será possível prever se há risco de nova estiagem severa no estado.

“Se tivermos os próximos três anos como o que estamos tendo agora, ficaríamos numa situação um pouco mais tranquila. Mas isso não significa que estejamos longe de uma nova crise. Se essa mudança no comportamento dos consumidores for permanente, a gente teria uma ‘folga’ no sistema”, afirmou o professor da USP e Uninove, e especialista em recursos hídricos, Pedro Luiz Côrtes.

Fonte: G1
Foto: Carlos Nardi/Estadão Conteúdo

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