Crise da água se agrava, e Sabesp congela investimentos
Em meio ao risco de falta de água, a Sabesp anunciou o congelamento de R$ 700 milhões de seu plano de investimentos para este ano
Em meio ao risco de falta de água, a Sabesp anunciou o congelamento de R$ 700 milhões de seu plano de investimentos para este ano
O nó vivido atualmente pelo setor elétrico, um dos grandes motivadores da redução da classificação do Brasil pela agência de risco “Standard& Poor’s”, é uma combinação de três grandes problemas: interferência política, falta de chuvas e atrasos em investimentos.
O risco de desabastecimento de água em São Paulo voltou a ser tema de debate político nesta quarta-feira 19. O pré-candidato ao governo pelo PT, Alexandre Padilha, classificou o problema de "grande falha estrutural", ocorrida pela "falta de obras para produção de água" e de responsabilidade do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a quem acusou de "falta de franqueza".
São Paulo vive atualmente a pior crise hídrica de sua história já que o conjunto de açudes que abastece a cidade, entre outras, está com seu nível de água abaixo de 15% da capacidade, segundo os últimos dados do governo regional.
Papéis das principais companhias do país recuaram 17,6% desde a renovação das concessões em troca da cobrança de tarifas menores
Na tentativa de conter a crise energética e equacionar a elevação do custo da energia elétrica, o governo federal anunciou nesta quinta-feira um pacote de socorro às distribuidoras para permitir que o setor elétrico consiga sair do vermelho. A conta dos custos extras provenientes da energia gerada pelas termelétricas e da compra de megawatts no mercado de curto prazo (onde a energia é mais cara) será paga pelo consumidor e pelo Tesouro, que, indiretamente, significa o dinheiro dos próprios contribuintes. Ao todo, serão liberados 4 bilhões de reais dos cofres públicos e 8 bilhões de reais por meio de bancos públicos e privados, em forma de empréstimos às distribuidoras. Quem pagará o endividamento? Os consumidores, por meio de reajuste na tarifa.
Alckmin reafirmou ainda que o governo já está trabalhando para utilizar os 400 milhões de metros cúbicos do chamado “volume morto” (parcela do reservatório não disponível para o uso operacional normal). Segundo o governador, também “já está pronto o projeto das ensacadeiras, dos canais e das bombas” para facilitar a captação.
O Brasil tem 12% da água doce disponível no mundo. Como sua área representa 6% de todo o território do globo, E parece até irritante insistir no tema da economia de água.
Uma solução técnica poderá ser adotada no Sistema Cantareira para acrescentar mais 400 bilhões de litros de água ao volume útil armazenado e distribuído à Região Metropolitana de São Paulo e aos municípios das Bacias PCJ (Piracicaba/Capivari/Jaguari) quando os reservatórios chegarem em situação extrema.
A crise hídrica começa pela leniência dos gestores públicos com a sanha expansionista dos investidores responsáveis pela especulação imobiliária