Escassez hídrica abala receita de empresas de saneamento em SP
Uma nova leva de municípios no interior de São Paulo deve decretar situação de emergência por escassez hídrica e também adotar racionamento de água nos próximos dias.
Uma nova leva de municípios no interior de São Paulo deve decretar situação de emergência por escassez hídrica e também adotar racionamento de água nos próximos dias.
Em seminário internacional, urbanistas apresentam soluções de uso racional de água que podem ser adotadas individualmente até nas grandes cidades
Não surtiram efeito, ao menos por enquanto, as medidas emergenciais adotadas pela Prefeitura de Itu para resolver o problema do desabastecimento de água na cidade. Duas semanas depois de anunciada a mudança da empresa que irá assumir a concessão do serviço, moradores de vários bairros ainda reclamam do problema.
A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou a cobrança da taxa extra aos consumidores que gastarem acima da média do ano anterior, segundo a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos. A agência não havia divulgado comunicado sobre o assunto até esta quinta-feira (1º).
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu neste sábado, 26, em Itu, sua proposta de um acréscimo de até 30% nas tarifas de água para quem gastar mais de 20% acima da média. Segundo ele, o ônus faz parte do elenco de medidas programadas pelos gestores dos recursos hídricos para estimular o uso racional da água. "Foi dado o bônus e agora vem o ônus, que é só para quem aumenta muito o consumo", disse.
A demanda global por água deve crescer 55% até 2050, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).